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CARTA À LIBERDADE

 Caros defensores da liberdade, - Dia 27 de janeiro - Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto é dia de lembrar de Henryk Goldszmit (seu verdadeiro nome era Janusz Korczak), pedagogo polonês judeu que negou a se salvar sem os seus alunos e seus colegas da escola.  - Ele morreu junto com as crianças no campo de extermínio nazista de Treblinka.  "No dia da deportação do gueto, Korczak pediu para as crianças colocarem suas melhores roupas e pegarem o seu brinquedo favorito. Korczak acompanhou o cortejo das crianças rumo ao Umschlagplatz, de onde partiam os comboios para os campos de extermínio." - dizem os livros de História. - Nazismo e Comunismo surgiram com pensadores alemães e todos sabem o que aconteceu com aquele país: destruído, dividido, reunificado. O Socialismo tem o alento romântico da Revolução Francesa e insiste no erro, já alertado por Frédéric Bastiat, contemporâneo da revolução que levou à guilhotina. - Te prometem o paraíso, mas antes te ensina...

NO MEIO DO TEU CORAÇÃO HÁ UM RIO

Deixarei registrado hoje o lançamento do meu canal de Vídeo-Poemas com o nome de um de meus poemas: NO MEIO DO TEU CORAÇÃO HÁ UM RIO.  A proposta é, como já está registrado no canal, " divulgar meus livros e poemas publicados na versão impressa e na versão digital. Aqui, você vai encontrar também trechos do meu blog AMAZÔNIA DO BEN, com relatos da minha pesquisa "Amazônia Etnopoesia", além de trechos de ensaios e dos meus artigos que lidam sobre literatura. Também você vai ter indicação de leitura, traduções comentadas, além da crítica literária, priorizando os autores da região amazônica". Coloco também chamadas em inglês, alemão, espanhol e francês - para que leitores distantes conheçam a minha produção literária e a pesquisa acadêmica. This is my Video-Poems channel, with the purpose of publishing excerpts from my books published in print and digital versions Dies ist mein Video-Gedichte-Kanal mit dem Ziel nach der Auszüge aus meinen Büchern zu veröffentlichen, ...

AMAZÔNIA ETNOPOESIA: CLAUDINO TEMBÉ

 "A mãe natureza é a fonte". Assim começa a conversa com o pajé, o senhor Claudio Tembé, da aldeia Kanauwaru, perto de Tomé-Açu, no Pará.  E tentei também dialogar - elas muito arredias - com as crianças Wiharu (Sol), Kuarary (Lua) e Mainumi (Borboleta) e em respeito a elas não tirei fotografias e à contra luz, fiz o registro via celular do mestre Claudio ou Claudino, como ele gosta de ser chamado.  Claudino fala bem o português pois já trabalhara como curandeiro na cidade da pimenta, e preferiu retornar à sua aldeia, 12 quilômetros, após uma travessia de balsa, viagem curta. Fui no carro do Otávio, meu aluno do Curso de Letras. Havia comentado em sala de aula, no Polo de Tomé-Açu sobre Etnopoesia e o conhecimento dos povos originários da Amazônia. Depois da travessia, estrada de areia e quando se chega à entrada da aldeia, vê-se terra preta e uma plantação de um arbusto comprido e o Otávio logo me fala: - Tá vendo esse mato aí, professor? - Sim, são muitos. - Pois é, é o...

BELÉM 408 ANOS - FAÇA A SUA LISTA

Quem chega a Belém do Pará já tem um dos mais belos pousos de avião das capitais brasileiras, algo que chama a atenção dos pilotos da aeronavegação é como pode haver uma robusta selva de pedra dentro de uma exuberante selva natural, sem falar da gigantesca baía do Guajará e de seu enigmático e poético aeroporto de nome “Val-de-Cans” – na verdade tudo cheira a mistério na capital que é chamada de o Portal da Amazônia, Cidade das Mangueiras, ou até mesmo de Cidade Morena. A Belém de vários nomes, do hebraico “Casa do Pão” à atual capital do estado do Pará, é conhecida pela sua sinestésica gastronomia, pelas famosas “Casas de Paraenses” – os casarões da Época da Borracha, famosos até em Portugal, quando os portugueses retornavam a seu país, enriquecidos pelo “ouro branco” (o látex), e lá copiavam os paraenses sobrados apalaçados da rica capital mundial da borracha. Belém tem sempre histórias para se recontar e aprender e isso você vai saber do porquê de seus 408 anos. Faça a lista de luga...

2024: UM ANO DE JUSTIÇA

Nas antologias modernas, dispersas na internet, Forseti ("o anfitrião") é referido como o deus nórdico da justiça, da meditação, do conhecimento interior, da força e da paz. Sua história já nos diz que sem meditação não há ciência e equilíbrio. Ele é filho dos deuses Balder e Nana.  Sua casa é o palácio Glitnir, que significa "brilhante". A justiça é uma luz que brilha e guia os povos. Forseti se sentava em sua sala distribuindo justiça e resolvendo as disputas de deuses e homens, prometendo que, em todas as decisões em seu tribunal, ambas as partes estariam sempre em acordo.  Há muitas referências à justiça nas religiões e há também aqueles ditados que resumem uma vida, um povo, uma forma de viver: " - Melhor lutar e cair do que viver sem esperança" (velha máxima nórdica). O ano que inicia será marcado pelos desencantos principalmente nas esferas do poder. Haverá reviravoltas em nome do equilíbrio. 2024 será o ano da justiça, responsabilidade, equidade, d...

A ROSA E O TEMPO

 

VOLTEIO

 01.01.2024 VOLTEIO Das palavras que são belas tenho o segredo de algumas e a rota para todas elas. Na caixa do poema que a terrível esperança escreveu no fundo de todos fundos a grade e a linguagem Ali, como bom prisioneiro Tenho na mão o roteiro: caneta, tinteiro, folha de papel, e de novo o poema que começa por se chamar e termina por onde começar: -  que mais queres saber da palavra? Benilton Cruz

AO TEMPO SÓ PERTENCE ESTE SEGUNDO QUE O PERDES

A expressão "Carpe Diem" (a pronúncia latina: cárpe díame), traduzida como "aproveite o dia", é de Horácio ("Óratio"), poeta que viveu a época na qual a poesia tinha esse tom elegíaco e menos declamatório, - o lírico a tocar os temas inexoráveis que causam desconforto à vida, como a morte ou as soturnas sortes do destino  - textos sempre -carregados de uma divina espiritualidade reconfortante.  - uma poesia filosófica e espiritual. Admirar Horácio é alentar a alma das coisas que não podemos mudar. O poeta das famosas Odes entendia que as musas existem como espírito e que nos ouvem e elas têm comportamento próprio para cada situação. Cloe (a pronúncia latina seria “Clóe”) era uma delas, as outras eram: Lydia,  Clio,  Cloris,  Licia,  Neera.  A musa é essa companhia que em silêncio te escuta na profundidade da alma o alento de cada verso. A poesia é a arte mais misteriosa porque inclui a música, dizia Jorge Luis Borges.  A seguir, um poema meu que i...

CRÔNICA WHATSAPPIANA DO DIA

  Crônica whatsAppiana do dia   Certa vez, o famoso gramático brasileiro Napoleão Mendes de Almeida estava em Belém do Pará e precisava se deslocar para uma escola onde daria palestra sobre língua portuguesa falada no Brasil. Aproximou-se do primeiro transeunte na Cidade das Mangueiras e educadamente fez a pergunta de como devia chegar em tal escola.  E a resposta foi assustadora para o gramático paulista cuja edição de s ua  Gramática Metódica da Língua Portuguesa, de 1943,  chegou a mais de meio milhão de exemplares vendidos : disse o paraense que que era fácil, “que era só tomar uma sopa, aquela sopa que estava logo ali junto ao muro. Eu me espantei. Não sabia, mas está lá no  dicionário  –  sopa  é a jardineira, o  ônibus  local." E aí? Alguém já tomou essa sopa?  Ou foi só o famoso gramático brasileiro  em Belém do Pará?     Benilton Cruz – Professor de literatura da UFPA e membro da Academia ...

A TRILOGIA DO BEIJA-FLOR - Benilton Cruz

                                                 A TRILOGIA DO BEIJA-FLOR 1. TODO BEIJA-FLOR quando nasce é imperceptível, e ao nascer é do tamanho de outro beija-flor. Todo beija-flor aprende a eternidade das flores. É breve o seu beijo, é breve o seu desejo, é intenso o seu voo. Todo beija-flor tem asas invisíveis para não tocar o vento. Todo beija-flor vive em êxtase: não canta. 2. TODO BEIJA-FLOR quando encontra outro beija-flor não reparte a mesma flor. O voo não é lugar para nada cuidar, o vôo é o nada vacilante no ar. Toda flor é um convite e todo beija-flor traz no peito um emblema de um reino feliz. Todo beija-flor é de utilidade pública, é patrimônio universal da poesia. 3. TODO BEIJA-FLOR quando morre não vai para o céu dos beija-flores. Todo beija-flor quando morre se transforma numa coisinha leve e sem osso que a terra não consegue fincar. Todo b...