Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2018

ORACIÓN PARA EL ÓSCAR PÉREZ

Él dejó hijos, esposa, familiares, parientes y amigos y luchó por un solo ideal: la libertad. Él, como piloto de helicóptero, luchó para llevar comida y medicinas a los hermanos desamparados a las regiones más remotas de su país. Él tenía claros ojos azules para ver más lejos y esa claridad era la de la luz que venía de su corazón, luz de su alma, luz de su valerosa fraternidad. Él no luchó sólo con armas, y si las utilizó fue para enfrentar la tiranía que tanto oprime al pueblo a punto de obligarlo a no usarlas para que ese mismo pueblo obedezca y esclavice a la privación. Él usó armas, sí, no para matar, sino para mostrar que todos tienen el derecho a la defensa y saber la hora de resignarse, porque en el fondo su lucha era pacífica y porque en esta lucha el guerrero sabe que está solo. No sólo se enfrentó a las armas asesinas, sino a la sandía de aquellos que sólo quieren el poder, la sangre, la tiranía. Él, por fin, dejó sus palabras de paz y de diálogo resonar no só...

O SILÊNCIO DO ESPÍRITO É INDESTRUTÍVEL

O silêncio do espírito é indestrutível. Se há uma coisa parecida com o espírito é o silêncio. E por detrás do silêncio não pode haver outro silêncio senão o próprio silêncio, por isso é o ato primeiro, ato de quem quer conhecer o espírito. É o passo criador por excelência, ato de fé, de perscrutação, ato de modéstia. Meditar o silêncio é encontrar o silêncio e não respostas; e meditar o silêncio é encontrar o silêncio das perguntas; é calar o ego, amansar a mente, e encontrar o fundo do lago transparente; é encontrar o ponto de partida, o início. Benilton Cruz

JUNTO AO TÚMULO DE TRAKL

  JUNTO AO TÚMULO DE TRAKL                      O mein Bruder klimmen wir blinde Zeiger gen                                                                                      [Mitternacht.                                                                      Georg Trakl       ...

ENTRE O SONHO E A REALIDADE, por ROSELI DE OLIVEIRA, ESTUDANTE DO CURSO DE LETRAS DE TOMÉ-AÇU, PA (Após uma aula sobre Lima Barreto, pedi aos alunos que escrevessem uma crônica sobre um fato acontecido na vida. E o resultado foi esse:

           Parecia um dia simples de trabalho, na cidade de São Miguel do Guamá, mas ao fim do expediente, com aquela presa de pegar a condução que faz linha São Miguel/Irituia, cidade onde nasci e resido junto com minha família, assim como todos os dias, peguei o ônibus rumo a minha cidade Irituia, quando olhando o facebook li a seguinte manchete “UFPA DIVULGA O LISTÃO DO VESTIBULAR”, a curiosidade bateu, ao meio daquela estrada, com uma conexão de internet lenta, conseguir abrir a pagina da universidade federal do Pará, olhei, passei por todas as listas dos campi, quando de repente campus Tomé AÇU, e foi ali que vi meu nome Roseli de oliveira na lista dos aprovados no curso LETRAS extensivo, no momento fiquei sem ação, olhei, parei, olhei de novo e gritei para minha amiga que estava no mesmo ônibus que eu, dei um tremendo grito, AAALDENORA PASEEEEI NO VESTIBULAR, o grito foi tão forte, que todos que estavam ali, olharam e começaram ...

O VENDEDOR DE ESPERANÇA, por MARIZABETH LIRA. ESTUDANTE DO CURSO DE LETRAS DE TOMÉ-AÇU, PA. Após uma aula sobre Lima Barreto, pedi aos alunos que escrevessem uma crônica sobre um fato acontecido na vida. E o resultado foi esse:

O vendedor de esperanças Sabe aqueles dias em que você não está bem, que tudo resolveu dá errado em sua vida? Você acorda e pergunta o que está fazendo ali? Sim, muitos já passaram por esse dia e comigo não deixou de ser diferente. Era uma manhã cinzenta e eu estava muito envolvida com meus problemas que para mim não eram poucos, e a cabeça estava a mil, me sentia muito só, então liguei para uma amiga e ela me convidou para passar o final de semana na praia local em que ela morava, segundo ela um lugarzinho convidativo chamado paraíso, nessa hora sentir o clima do paradoxo, eu vivendo no meu maior inferno astral, fui convidada para passear no paraíso que legal!          Não tive muita escolha e fui, meio sem vontade, aliás vontade nenhuma mas resolvi arriscar era só o que eu tinha para o momento, minha amiga disse qual ônibus tinha que pegar, qual local teria que descer e que iria me buscar no terminal rodoviário daquele lugar, e assim foi...

O PARAÍSO DO MEU LUGAR, por Elizete Ferreira Madeira. Após uma aula sobre a crônica de Lima Barreto, pedi aos meus alunos de Letras do Polo de Tomé-Açu, no Pará, que me escrevessem uma crônica sobre algum fato ocorrido na vida. E o resultado foi esse:

Certa vez há um bom tempo atrás, não tanto tempo assim, talvez uns dez pra ser precisa, vou contar esse acontecido e possa até serve de lição ou não, morava no interior uma colônia, um lugar longe da cidade, o interessante é que o lugar não tinha nome, nem nome colocaram naquela localidade, por quê? Não sei é chamada de Vinte e Cinco por estar localizada a 25 quilômetros da cidade de Tomé-Açu, bem voltando ao acontecido morava eu, Elizete, neste lugar que por sinal foi por mesmo que nasci aos 17 anos em plena adolescência já me sentia madura, ora era dezessete anos quanto maturidade assim pensava eu, a curiosidade a flor da pele quantos lugares eu poderia ir, então resolvi trabalhar ser dona do meu nariz, fui trabalhar de babá na casa de uma mulher na cidade o nome da mulher era Marcela pessoa a princípio muito simpática comigo, me levava aos lugares diferentes e eu gostando muito vindo de um lugar pacato e sem nenhuma coisa para distração. Agora vou contar a parte boa da históri...

CRÔNICA DE KASSIA DE ABREU, ESTUDANTE DO CURSO DE LETRAS DE TOMÉ-AÇU, PA (Após uma aula sobre Lima Barreto, pedi aos alunos que escrevessem uma crônica sobre um fato acontecido na vida. E o resultado foi esse:

  A Temorosa Universidade Tornar-se universitário é o sonho de muitos e eu? Ah, eu me tornei! E quando iniciei o primeiro período, entre tantas outras coisas... Sempre ouvi a lenda da japonesa que morreu no local onde o polo universitário foi construído. Nada parece tão anormal, ops quer dizer... Confesso que quando ficava sozinha ao meio dia costumava ouvir algumas coisas, mas eu ficava trancada, caladinha na sala em que estudava até a hora que iniciavam-se as aulas da tarde, perdoe-me esqueci de dizer que sou de outra cidade (vizinha). No inicio do curso não acostumei ir para casa que havia alugado, preferia levar o almoço e comer lá no polo! Ainda me sobrava tempo para descansar o corpo, ali mesmo nas carteiras da sala de aula. Às vezes batia um medo, confesso! Em fim... Lá pelo quarto ou quinto período na universidade eu, e mais duas colegas de classe estávamos no laboratório do polo tentando fazer a inscrição para algo que nem recordo o que era... Mas tava complicado!...

NÃO DEVEMOS LUTAR PELO O QUE NÃO CONHECEMOS

É perda de tempo lutar pelo o que não se conhece. E isso se aplica a tudo e em primeiro lugar a si mesmo, afinal é um pouco do nós que está em risco - o nós que está e anda junto - e desejar pode ser um perigo quando não conhecemos a coisa desejada.  Desejar e querer não são a mesma coisa que saber e conhecer: é fundamental atribuir conhecimento ao que se deseja – caso contrário o desejo se torna ilusão.  Portanto, não lute por algo ou alguém que não vai lutar por você. Só lute por aquilo que se deixa conhecer e que venha também a lutar por você. Amar é um conhecimento que se eleva, é o conhecimento perfeito por via da procura do conhecer sempre, e essa terna obsessão não se torna engano, até porque é natural a mudança no ser humano.  É por isso que amar é a forma absoluta do conhecimento, é a moldura perfeita da obra que se realiza se conhecendo o outro e a si mesmo, quando a mudança pode ser permanente ou quando o que mudou, no fundo, era a mesma coisa – em todo caso...

A PRIMEIRA COISA A APRENDER

UM VELHO ÍNDIO ME DISSE A primeira coisa a aprender é o calar, pois é do silêncio que tudo vem.  Não ouvir nada é o primeiro passo. A sabedoria também não está no que se fala, mas sim no que se aprende. Aprenda a silenciar. Escute mais antes de dizer. Dizer é um verbo sagrado. E o primeiro é calar. Benilton Cruz

SE ME ENTENDES É PORQUE EXISTES COMIGO

Se me entendes é porque existes comigo. Para te entender foi necessário anular o lado ilusório da linguagem, aquele que é chamado de comunicação. O que se comunica é carente e depois se torna exigente. Comunicar não é o essencial, o essencial é tocar. E assim crio uma nova pessoa quando te encontro Riscar. Eu risco e arrisco um novo sinal, e um cisco me trava: a palavra. Eu travo, eu pinto, e deixo a cor surgir. Colorir não é um ato estético e sim o seu dizer. E agora, começo a conjugar o teu verbo. Afinal, tudo é forma: traço, cor, som e esse último gesto musical, eu disfarço com o teu nome . Só tenho um lugar: a memória, que é outra ilusão, que pode durar mais que o escrito, mesmo quando ela não se prende em um traço de giz, um facho de cor, um prenúncio de luz ou um ponto de carvão. Aprendi que Alguém e Ninguém podem ser mais atraentes do que eu e tu. Como posso ser eu se atinjo a todo mundo, assim sendo, o eu não é real; é um nós no singular. É um pronome que some quando o ...

NA LASSIDÃO SOMOS MAIS SINCEROS

Escrevo porque é a vida e não porque é literatura, o verso está no que a poesia quer e não no que o poeta diz. E assim, as palavras se arrumam. A verdade está no que se compartilha. Usar os olhos, a intuição, o pressentir. Só conheces a ação? Muito bem, recuar aqui pode ser uma forma de avançar. Quem vai dizer essa ordem não é alguém superior: és tu e tua solidão. Tu e tua coragem, esse teu pequeno escudo na língua que falas e que agora escreves. Dizer é uma parte da linguagem, a outra é ouvir. E o coração fala mais que a língua que se diz dizer, o coração é o reduto da alegria e essa euforia contagia, é o coração que gosta do diálogo, mas a minha escrita quer a pele, quer essa obscura geometria de animais desenhada no teu e no meu corpo. Não é porque te chamo de “Ninguém” que não existes. Às vezes é o oposto, sou eu que pareço não existir, por isso exijo que meu pensamento pense em ti. Agora terei uma responsabilidade, a de escrever, já que escrever não é só pensar, mas tam...

DO QUE SOMOS

Escrever é colocar mais um grão Na vastidão da margem e suas areias Como pode esta frase ser inteira Se o mar recua e deixa a espuma? E quem ama o corpo ama a metade e quem ama a alma a carne lhe falta. Assim, somos feitos da falta Que alimenta e nunca basta. Somos a busca e a outra parte. Benilton Cruz

A ILHA QUE EXPLODIU EM FRENTE DE BELÉM: A FORTALEZA DA BARRA

Recebi mais um interessante texto sobre a História de Belém. "A incrível ilha que há mais de 60 anos foi pelos ares em frente a Belém. Explodiu levando junto, um grande estoque de armas e a uma memória de 300 anos.. Você conhece esta história? A Fortaleza da Barra foi construída em 1685 numa ilhota que ficava exatamente em frente a Val-de-Cães, na capital paraense, sobre outra que existia desde 1615, iniciada pelo fundador de Belém, Francisco Caldeira Castelo Branco. Era a primeira defesa antes dos in vasores atingirem o Forte do Presépio em Santa Maria de Belém. Uma estrutura circular, e uma dos principais pontos de defesa da cidade durante mais de 200 anos. No movimento revolucionário da Cabanagem, um dos presos, Felix Malcher saiu da prisão na fortaleza para ser aclamado presidente da Província. Virou na primeira metade do século XX, um paiol de armas e inflamáveis. Em 9 de maio de 1947, Um provável curto-circuito teria provocado uma explosão que destruiu completame...

UM POUCO DO GRANDE HOTEL, DE BELÉM PARÁ

12.01.2018 Belém 402 anos. A História do Grande Hotel. Diz-se que O Grande Hotel, foi o primeiro hotel do mundo da rede InterContinental Hotels Group, um grupo britânico, construído fora de Londres.Não sei de quem é a foto que me foi enviada via Whatsapp por um amigo. Era o terceiro hotel mais importante do Brasil atrás apenas do Copacabana e do Glória. Bem, não custa nada lembrar, mas nele se hospedou Mário de Andrade, Clarice Lispector, Orson Welles, Bidu Sayão, Vicente Celestino...foi demolido em 1979 para a construção do Hilton Hotel. Um pouco da "Lisboa Equatorial" que se foi...

DECIDIR UMA PALAVRA

Não sei, acho que o Leminski baixou. E (o destino que eu pinto) assinou The war wind constantly blows (chega essa rima monórrima) E começo a te desenhar no pensamento: Pego o azul do Mediterrâneo O verde da Amazônia, O branco da Patagônia, O silêncio do Everest. E mais acima a lua me olha como o único olho de Deus o Seu estranho diamante lunar e eu tenho dois olhos para te ver que atravessas o sopro gelado do fundo da mata e do mar E me chegas com o teu nome. É da madrugada, há cinzas, - estas palavras Deixo-as sozinhas. Com todas as asas que tenho, Todas orvalhadas, pesadas. Nem cheguei a voar e já caí, E fiquei em um canto do jardim Novamente sozinho. Assina, eu - esta imitação de Ícaro E obrigado por me leres até aqui. Benilton Cruz 11.01.2018

A ORIGEM DO FOGO

Diz a lenda kamayurá que Canassa, índio, às margens do Tuatuari, no alto Xingu, passou três dias escondido na barriga do veado morto esperando pelo urubu-rei, senhor do fogo e dos ares. Ao segurar-lhe firme pela mão, só o largaria se a ave do céu lhe desse o fogo sagrado em troca da liberdade. Canassa, segurando o urubu real firme pela mão, ouve da formosa ave: "Queres o fogo, então não o deixes apagar".   

PLATERO E ROCINANTE

A poesia dialogada, talvez, seja, por reminiscência, uma intrínseca memória do teatro, quando este gênero, em especial, desperta a reflexão em seus ouvintes, a partir da fala ou dos gestos das personagens em ação. No texto a seguir, imaginei Platero, o burrinho da obra de Juan Ramón Jiménez, a que inicia com a célebre passagem "Platero era pequeno, peludo, suave, tão brando por fora que se diria feito de algodão" em um diálogo com Rocinante, o cavalo de Dom Quixote, um rocim, um animal velho, feio, fraco e de pouco valor. Os dois escritores espanhóis jamais imaginariam um encontro entre suas personagens - esta tarefa coube a mim, admirador desses dois importantes nomes da literatura espanhola, talvez pelo fato de acreditar que Dom Quixote possa ser lido para crianças e Platero para os idosos. PLATERO E ROCINANTE — O que levas, Rocinante, um homem ou um sonhador? — Não sei. Sei que ele é como eu sou. Melancólico e triste, e me diz que é o meu senhor. Eles dizem que sã...

ALÇAR, ALVOR (seleção de poemas publicados de Benilton Cruz)

                                              Prólogo A natureza pode nos formar como ser, mas é com a arte, como diz Schiller, que nos tornamos humanos - e toda arte é uma prova de nossa superação. Escrever é sempre abrir novas fendas e nelas mergulhar com o parco fôlego que nos alenta uma respiração oscilante. Escrevo como sonda e como senda: abrir, sorver, umedecer, provar.                             PARA QUE NÃO CANSES Isto é para que não canses de procurar o que parece não                                       existir Isto é para que não chores porque somos dos sonhos que só existem com a memória Isto é para que não temas os teus passos na escuridão o teu sorriso ...