O PARAÍSO DO MEU LUGAR, por Elizete Ferreira Madeira. Após uma aula sobre a crônica de Lima Barreto, pedi aos meus alunos de Letras do Polo de Tomé-Açu, no Pará, que me escrevessem uma crônica sobre algum fato ocorrido na vida. E o resultado foi esse:
Certa
vez há um bom tempo atrás, não tanto tempo assim, talvez uns dez pra ser precisa,
vou contar esse acontecido e possa até serve de lição ou não, morava no
interior uma colônia, um lugar longe da cidade, o interessante é que o lugar não
tinha nome, nem nome colocaram naquela localidade, por quê? Não sei é chamada
de Vinte e Cinco por estar localizada a 25 quilômetros da cidade de Tomé-Açu,
bem voltando ao acontecido morava eu, Elizete, neste lugar que por sinal foi
por mesmo que nasci aos 17 anos em plena adolescência já me sentia madura, ora
era dezessete anos quanto maturidade assim pensava eu, a curiosidade a flor da
pele quantos lugares eu poderia ir, então resolvi trabalhar ser dona do meu
nariz, fui trabalhar de babá na casa de uma mulher na cidade o nome da mulher
era Marcela pessoa a princípio muito simpática comigo, me levava aos lugares
diferentes e eu gostando muito vindo de um lugar pacato e sem nenhuma coisa
para distração. Agora vou contar a parte boa da história o tempo foi passando e
ela a senhora Marcela foi mostrando sua intenção dia a dia, eu ficava com neném
era a minha obrigação, mais á noite não, passou o tempo dela saber que eu era
de confiança viu que era, a partir daí o marido não podia sair pra trabalhar que ela
saía atrás de um “pé de pano” esse é um termo que aprendi com meu pai, fala-se
assim para o amante de alguém , o marido dela muito bravo com tudo se
aborrecia, e ela ainda mandava eu dizer se meu marido perguntar invente uma
história qualquer pra ele não desconfiar, quando ela dizia isso corria um frio
pela espinha, dizia ela você já sabe o que acontece se ele descobri, ele chegava
perguntava logo por ela e eu mentia por medo dele fazer algo com ela e comigo
também por dar cobertura, essa história foi se complicando um dia ele engasgou
ela na minha frente meu coração faltou sair pela boca, depois desse acontecido
chamei ela e disse estou indo embora para minha casa, ela me olhou e disse vá
não, lá é muito longe e não tem lugar pra sua distração, mais já tinha tomado a
decisão, vou sim, talvez me falte lugar para ir é se eu ficar aqui, e fui
embora pra minha colônia, onde percebi que o melhor lugar é aquele chamado de
teu, onde não te obrigam a fazer nada de que você não concorde.
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