É perda de tempo lutar pelo o que não
se conhece. E isso se aplica a tudo e em primeiro lugar a si mesmo, afinal é um
pouco do nós que está em risco - o nós que está e anda junto - e desejar pode ser um perigo quando não conhecemos
a coisa desejada.
Desejar e querer não são a mesma coisa que saber e conhecer: é
fundamental atribuir conhecimento ao que se deseja – caso contrário o desejo se
torna ilusão. Portanto, não lute por algo ou alguém que não vai lutar por você. Só lute por aquilo que se deixa conhecer e que venha também a lutar por você.
Amar é um conhecimento que
se eleva, é o conhecimento perfeito por via da procura do conhecer sempre, e essa terna obsessão não se torna
engano, até porque é natural a mudança no ser humano.
É por isso que amar é a
forma absoluta do conhecimento, é a moldura perfeita da obra que se realiza se
conhecendo o outro e a si mesmo, quando a mudança pode ser permanente ou quando
o que mudou, no fundo, era a mesma coisa – em todo caso o conhecer não muda
porque é um ato do saber que se conhece, e assim torna-se o quadro perfeito.
Ame o conhecimento e isso se chama perfeição.
É o que temos de melhor quando amamos
de verdade. Dizem que amar é intransitivo, ou seja, não pede complemento, não
pede nada em troca. Não é verdade, amar é um verbo que pede o complemento do saber,
pois só amamos o que conhecemos e esse conehcimento começa em nós mesmos.
Deseje, mas não esqueça de conhecer o
que se deseja – queira, mas não deixe de saber o que ser quer para assim ser uma só coisa o desejo e o conhecimento uma coisa só.
O desejo
pode ser um ato cego; o conhecimento, não.
E se o desejo vem à frente da razão algo nos leva nessa busca: seria o irracional ou seria o mero desejo.
Que divindade é essa que tem asas curtas em um corpo de criança, voa, e ainda dispara algumas setas?
A primeira coisa a fazer é tornar o
desejo também permanente ao espírito. No amor, pode se feriar um coração mas se ganha uma alma, já dizia Eliphas Levy, o mais teórico dos magos.
E lembre-se que há duas maneiras de
ver o interior das coisas e das pessoas.
A primeira é a luz do olhar, do desejo, ou do sentir, e a segunda é a luz do espírito, a qeu conhece e descortina uma alma.
Benilton Cruz
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