O caminho que
escolheste é a tua verdade, é a tua senda, tua escolha, tua alma, teu destino,
porque no fundo não existe o atalho que te ensinaram.
O teu caminho é a tua
verdade.
E como foste tu que o escolheste, por isso sentes a solidão da escolha
como a aposta do adiante que te espera.
E o que olhas ao teu
redor é teu e também está só, na solidão não necessariamente do que é teu, mas da
solidão de todos e de cada um, na solidão do ser e da escolha.
Não esqueça: o espírito nunca é solitário, ele é solidário e te convida a ir mais adiante,
e esse adiante curiosamente que és tu mesmo, o tu que precisa ainda ser desbravado,
essa tua sede que é maior, por isso nada te sacia e ainda te sentes dentro de
um ciclo que não te deixa seguir ou subir e quase sempre te impele retornar.
Pensando nisso, resolvi
te fazer lembrar de três leis para o teu autodesbravamento:
A primeira lei a seguir
é a da natureza, a que tudo transforma: a semente vira árvore, o olho d´água
vira rio, e o rio vira mar (e tu? o que viraste a ser além da tua escolha?).
A segunda lei é ouvir, ouça o ao redor: as vozes dos animais que nos falam de um
espírito em comum; a linguagem das plantas que nos ensinam exatamente que estás
entre as árvores e a terra, essa humildade do vegetal a te dizer que há algo
maior tanto em cima quanto embaixo – e mais ainda, continuando a segunda lei:
ouvir a tua voz que não vem apenas da tua autodescoberta, mas do coração que
ama e que primeiro aprende e depois ensina, e essa voz é também a dos espíritos
dos teus antepassados que te protegem orgulhosos da tua escolha.
A árvore sempre será árvore, mesmo derrubada, cortada, o toco verdeja uma simples folha, um broto, um musgo.
Tudo segue o seu curso.
E finalmente, a
terceira lei, (e aqui vou te dizer um segredo): ela não existe porque ela é a
tua escolha e já está contigo e faz parte apenas de ti, e ela te leva aos
acertos e aos erros que te fazem como complementaridade de ti e do universo – e assim, como
percepção da tua própria lei e a do cosmo, a harmonia - como gratidão às duas leis anteriores, continuas
essa tua trilha que adiante te espera também na eternidade.
Dezembro de 2017
Benilton Cruz

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