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ILÍADA, CAP. XXII

Ao vislumbre da beleza, É já a sua perda A história conta a solidão De todos os homens que somos nós. Também as rosas terão o mesmo destino. O último dia de Heitor foi também o de Aquiles. Benilton Cruz                                                           Mangal das Garças, Belém, Pará.

VICO, MEU AMIGO

Eu só posso conhecer aquilo que faço que crio, que produzo - não posso conhecer o que penso Se pensar é conhecer penso poder saber e o poder, uma ilusão. É fácil pensar, difícil é recolher O que não se pode perder. Faço, logo existo. Benilton Cruz Pequena homenagem ao filósofo italiano, Giambattista Vico (1668-1744)

OS SIGNOS NO HORÓSCOPO XAMÂNICO

(TRADUZIDO DO SITE WE MYSTIC) GANSO, DE 21 DE DEZEMBRO A 20 DE JANEIRO As características daqueles nascidos sob este símbolo do horóscopo xamânico são idealistas e perfeccionistas. Eles são ambiciosos e perseverantes, de modo que geralmente atingem qualquer meta estabelecida. LONTRA, DE 21 DE JANEIRO A 20 DE FEVEREIRO Este símbolo nasceu sob a lua da tranquilidade e purificação. Sua melhor arma é criatividade e alegria. Sua maior falha é que eles são muito idealistas e sua busca pela verdade e pureza faz com que eles tenham mais de um obstáculo. ( LONTRA - o  comportamento das Lontras é mais noturno pois dormem durante o dia e de noite saem das tocas em busca de alimentos. Formam grupos de mães e filhotes, que passam a maior parte do tempo brincando. Os machos não vivem no grupo. Se alimentam de peixes, rãs, répteis e algumas aves.) LOBO, DE 21 DE FEVEREIRO A 20 DE MARÇO No horóscopo xamânico nascem sob a lua dos ventos o que, entre outras coisas, dá uma caract...

CANÇÃO DO LOBO BRANCO

Branco como a neve Branco como a paz Branco como algodão Branco como a lua Meu lobo protetor Sigo teus passos já Meu canino guia, Meu guia, meu condutor! Meu lobo, meu mestre lunar,  Descendo as trilhas do Ártico Na pureza do branco Sem errar. Meu Lobo, m inha lua na Terra,  Descendo o verde do Amazonas, - O verde da cura, Pronto para chegar! Row,  Row, Row, Row Row,  Row, Row, Row - Row Benilton Cruz

E TUDO TÃO SEMELHANTE COMO A ÁGUA, UMA FUGA QUE SE ESPARRAMA

Os sinais foram dados: escrever é um risco que fere e não cura o seu definitivo corte. Riscamos uma palavra para buscar outra que era aquela que se queria, e ela te desafia. Eis o exemplo: a palavra amizade e amor têm a mesma origem. Recuamos para aprender, para escrever é necessário recuar, e assim estamos à frente indo para trás. Até o mar recua e é certo que vai voltar para que entendas o que acontece com as palavras. Elas são recuos necessários, como a primeira lição das palavras: retroceder e se estender. Quero escrever sobre isso, porque escrever é como antecipar ou restituir e somente com liberdade é possível reinventar. É meio assim como Orfeu que desceu à Mansão dos Mortos. Ele atravessou a morte para reunir o que havia perdido e novamente perder. Era seu ofício: reunir. Escrever é assim também: reunir para depois perder. Assim, quero dar a liberdade da dispersão. Escrevemos para o ar que é onde reside a palavra, essa palavra na qual eu te falo e nela eu sei descer e s...

OLHOS, onde um rio

OLHOS, onde um rio Deixou seu espelho E nele tuas águas - Nuas e calmas - Do teu indeciso Tocar. Nessa palavra desisto E te vejo - só - À beira do que passa À beira do que existes. Olhos, onde um rio Fixam na passagem O Amor e esse andar Que trilhei  contigo, À outra margem, Esse outro fundo De onde tudo veio E para onde tudo voltará. Benilton Cruz                                                                 Belém, da baía do Guajará

SAGRAÇÃO DE UM CAVALEIRO DIANTE DE SUA DAMA

                                                        Com algumas citações do Quixote                                                                    − Sagre-me, agora, o seu cavaleiro, minha Senhora, que nunca vos tocarei além do coração. Perto ou longe da sua presença, serei fiel e zelarei pela vossa honra que me faz cavaleiro. Sagrai-me, agora, com o seu olhar que é belo como belas são a beleza e a discrição. Sagrai-me com o vosso toque agora, sob a espada mais amarga da palavra e da ilusão. Meu nome será Cava...

IRMÃOS DA LONGA JORNADA

Irmão lobo branco, professor do Ártico; irmão caracal, felino africano de atentas orelhas; irmão pequeno urso, urso das abelhas; Irmã jaguatirica, pequena onça-jaguar da Amazônia; irmão elefante, da leveza e com a flor de lótus; Irmão cavalo vermelho, decifrador dos sonhos; irmã lebre cinzenta, da fertilidade; irmão pelicano, com os filhos alimentados com o peito; irmão rinoceronte, da certeira direção; irmão cisne, nobre cavaleiro da flor das águas; Irmã tartaruga marinha, o monge dos mares. Irmão gato, protetor dos lares; Irmãos pássaros, pequenos e ligeiros irmãos; Irmão cão, parceiro da caça e do caminhar; irmã naja - a serpente eterna - cósmica e terrena! Irmãos e irmãs - visíveis e invisíveis - obrigado pela companhia na minha longa e nem sempre solitária estrada!

EU SOU POBRE E NU

"Eu sou pobre e nu, mas eu sou o chefe da nação. Nós não queremos riquezas, mas fazemos de tudo para conduzir nossos filhos ao caminho da certeza. As riquezas não seriam boas, pois não temos como levá-las para o outro mundo. Nós não queremos riquezas. Nós queremos paz e amor. "- Chefe Nuvem Vermelha "Antes de nossos irmãos brancos chegarem, não tínhamos nenhum tipo de prisão, e por causa disso não tivemos delinquentes. Sem prisão, não há delinquentes. Não tínhamos trancas nem chaves e não havia ladrões. Quando alguém era tão pobre que não podia ter um cavalo, uma barraca ou um cobertor, ele recebia tudo como presente. Nós éramos muito incivilizados para dar grande importância à propriedade particular"

O CARACAL

DO TURCO "KARAKULAK" (ORELHAS NEGRAS) É TODO ATENÇÃO: OS OLHOS, OS OUVIDOS, O FARO. ELE É SUAVE E SEUS PELOS SÃO DA COR DE CANELA AS GARRAS VOAM NO AR (PODEM RATOS E LEBRES NO MATO PEGAR, E MAIS DE 12 TIPOS DE AVES A VOAR) SALVE, CARACAL, MEU IRMÃO, CAÇADOR, ATENTO E BRINCALHÃO. 20.04.2018 Benilton Cruz

MINHA QUERIDA MÃE OLIVIA,

meu coração hoje se feriu da dor que é perder uma parte da sabedoria peruana, amorosamente amazônica, universalmente materna, infinitamente divina. Hoje descobri como estou longe de sua indefesa liderança, de sua luminosa maternidade, de sua amorosa humildade, de seus cantos de cura e de luz. Hoje descobri o quanto que estou longe de seu infinito amor, o quanto que nada pude fazer, o quanto que nada sou diante de seu peito de mãe shipiba, de mãe Icamiaba, solitária e guerreira. Hoje estou também ferido do aço da ganância, - ferido do obstinado egoísmo de quem lhe tirou a vida. Hoje também morri um pouco. E Hoje, só hoje, queria por um minuto no seu colo de grato acolhimento deitar e dormir. E só hoje sonhar com sua imensa sabedoria.  Seu filho, Benilton Cruz,  Belém, Pará, Brasil.

EU SOU SHIVA

Eu não sou a mente, intelecto, ego nem memória. Eu não sou ouvidos, língua, nariz ou olhos. Eu não sou os cinco elementos: éter, terra, fogo, vento ou água. Eu sou felicidade eterna, eu sou Shiva, Eu sou consciência. Eu não sou prana, nem os cinco ares vitais, nem os sete materiais, nem as cinco bainhas do corpo. Eu não sou o órgão da fala, nem a mão, nem perna nem os órgãos de procriação ou eliminação. Eu sou felicidade eterna, eu sou Shiva, Eu sou consciência. Eu não tenho inveja, raiva, nem desejo nem atração. Eu não tenho arrogância nem orgulho nem religião, nem luxúria nem desejo de riqueza ou libertação. Eu sou felicidade eterna, eu sou Shiva, Eu sou consciência. Eu não tenho nem virtude, nem vício, nem prazer nem tristeza. Eu não preciso de mantra nem de peregrinações escrituras, rituais ou sacrifícios. Eu não sou nem comida, nem quem consome ou o que é consumido. Eu sou felicidade eterna, eu sou Shiva, Eu sou consciência. Eu não temo a morte, nem duv...

O REI SAPO

Há algum tempo atrás, quando tudo já era como é hoje, vivia debaixo d’água um rei sapo que tinha sete filhos. Todos eram muito bonitos e bastante verdes, porém o menor deles era o mais verde, tão verde que ninguém ainda conseguiu ver coisa mais verde ou esverdeada sobre a terra. Esse filho tinha, então, uma bola dourada, feita com ouro do sol, com a qual ele brincava todo dia, e nada mais do que isso era o seu fazer. Esse era o seu brinquedo favorito. Ele embaixo d’água jogava a bola para cima, nadava atrás dela, agarrava-a e trazia a bola para o fundo. Jogava-a de novo para o alto e a segurava. Ele não fazia outra coisa senão isso e assim ele foi se havendo com tal habilidade nessa brincadeira que ele deixava subir a bola dourada cada vez mais alto para conseguir apanhá-la mais adiante quando o espaço entre a superfície da água e a bola era só de um décimo de milímetro. Pois, se a bola fosse jogada fora da água, ela assim vagaria no ar. É claro. Perder-se-ia para sempre....