Por algum tempo, fui instrutor de poesia, e ministrei as "oficinas da palavra" a fim de mover o segredo da poesia e consertar o verbo aceso da criação. Surgia, então, a POESIA NASCE NO OLHAR, e distribuía entre os participantes, a maioria, crianças e adolescentes, os textos abaixo. Ministrei esses cursos na Casa da Linguagem, na UFPA, ainda como estudante de Letras, na própria Universidade, e em muitas outras oportunidades, como em Encontro de Estudantes, a nível nacional e estadual, e em escolas públicas, pela prefeitura de Belém. Iniciava com o mito de Orfeu, o poeta-cantor, para mostrar que a inspiração está diante daquilo que perdemos. A poesia é como a morte, desde que velada e musicalmente encantadora de uma noção de perda e de ressignificação que nos remetem à vida. Depois, aguçava a curiosidade pela imagem e pelo som. Pedia sempre para esquecerem o significado! (Alguns poemas em espanhol para notarem a música de outro idioma). Sintam o som, A melodia, o acorde, a e...