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DIÁLOGO IMPOSSÍVEL: UMA LEITURA DE "DOMINGO À TARDE", ROMANCE DE FERNANDO NAMORA

                                                                                  Benilton Cruz                                                 O inferno está cheio de seriedades incontestáveis                                ...

O CHAPEUZINHO VERMELHO DO SACI

Benilton Cruz   Os mitos constituem crenças e tornam-se padrões reguladores do que pode ser educado, protegido, rememorado, projetado e temido. Circulam de boca em boca, e vivos delimitam territórios, nações, culturas, linguagens.  Mitos têm horários certos para serem contados. Correto ainda é considerá-los dentro dos meandros da oralidade, como primeira prática verbal da comunidade em sua identidade linguística.  Mitos modelam a linguagem, a mente, a noção do certo, do errado dos limites. São formas das tradições passadas para moldarem as gerações futuras como aprendizagem e fundamento de princípios reguladores da vida.  Mito e linguagem modelam-se.  Os mitos elevam ao sagrado a língua e sua capacidade de discernir o mistério. Liberdade e a ousadia são cúmplices de uma mesma palavra: revelação. O mito não se diz; revela-se.  Assim têm eles os seus horários para acontecer. Não é a qualquer hora que o espírito está receptivo ao que é para o ouvir e o...

O RESTO DA SALSUGEM – PAULO PLÍNIO ABREU E OS FRAGMENTOS DE ORFEU.

                                                                                     Benilton Cruz   Paulo Plínio Abreu, nascido em Belém a 19 de junho de 1921 e morto devido a uma nefrite crônica aos 38 anos de idade em 5 de setembro de 1959, tem apenas um livro, Poesia (1978 ) , publicado postumamente sob os cuidados do professor Francisco de Paulo Mendes através da Universidade Federal do Pará [1] . A obra ganhou uma segunda edição, revisada e ampliada, pois muitas eram as gralhas na edição prínceps. A reedição confirma a poética de Paulo Plínio Abreu em um momento es...