A Academia Paraense de Letras - APL - comemorou seus 125 anos de fundação neste sábado 03 de maio de 2025 e empossou a sua nova diretoria para mais dois anos, tendo à frente o presidente Ivanildo Alves, o vice-presidente Leonam Godim da Cruz Júnior e a secretária Nazaré Melo. Foram empossadas também as comissões temáticas com importantes nomes do Silogeu.
A terceira Academia de Letras mais antiga do Brasil foi fundada em uma noite de 3 de maio de 1900, no foiê do Teatro da Paz e teve que improvisar a sua primeira sede no segundo andar da Pharmácia Cesar Santos, no bairro do Comércio da capital paraense, e só depois se estabeleceu no belo prédio histórico da Rua João Diogo, no bairro da Campina.
A importância da APL na cultura do estado do Pará é significativa:
1. Promove a literatura e a cultura paraense: ao fomentar o desenvolvimento da literatura e da produção cultural regional, estimulando a pesquisa em linguística e literatura.
2. Homenageia escritores e intelectuais ao reconhecer e divulgar as realizações de ilustres escritores e estudiosos paraenses, preservando a memória cultural do estado, como foi recentemente a festiva noite sobre o escritor Benedicto Monteiro.
3. Divulga a literatura ao promover concursos literários, conferências, exposições, palestras e premiações literárias, contribuindo, assim, para a difusão da cultura paraense, e também reforça uma prospecta política cultural ao estender os laços com outras Academias, como as interioranas, as municipais, a maçônica (AMALEP) e inclusive academias estrangeiras como a de Trás-Os-Montes, de Portugal, promovendo assim a importante cultura lusófona.
4. Mantém uma biblioteca significativa: a instituição possui uma biblioteca com um acervo considerável de obras literárias paraenses e brasileiras, portuguesas, servindo como recurso para pesquisadores e estudiosos. Recentemente recebeu a doação de três mil livros do acervo pessoal do ilústre intelectual paraense Georgenor Franco Filho.
5. Desempenha papel importante na preservação da cultura ao trabalhar para cultivar os valores, as linguagens, os bens espirituais e a construção do reconhecimento da cultura amazônico-paraense: é o caso da proposta da nova diretoria da construção do Museu do Carimbó.
Poderia eu aqui enumerar outros pontos da atuação da Academia Paraense de Letras, da sua História e de seus ilústres nomes que por ela já passaram e que nunca morreram em nossa memória - e isso é o que importa: ela é paraense, ela é o nosso legado e a referência de cultura acadêmica.
Eu só tenho a agradecer a Academia Paraense de Letras por ter me dado a oportunidade de assistir a tantas palestras, participar de inúmeros lançamentos de livros, e de conhecer pessoas maravilhosas do mundo das letras, dos livros e revistas, concursos literários, da cultura, da alegria de viver o que só a literatura pode proporcionar: o imensurável prazer da leitura.
Senhoras e senhores, lembrem esta data:
03.05.2025
Prof. Dr. Benilton Cruz, editor do blog Amazônia do Ben, membro da Academia Maçônica de Letras do Estado do Pará, cadeira n° 11, do patrono Mário de Andrade, maçom da James Anderson 101 (e goleiro de FutSal do time da loja), do Oriente de Belém-PA, GLEPA, professor do curso de Letras da UFRA.
Exposição da obra literária de Benedicto Monteiro por Nazaré Melo
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