Como posso começar uma saudação a uma loja maçônica que tem valorosos
irmãos em comum com Academia Maçônica de Letras do Estado do Pará – AMALEP senão
com agradecimento?
Agradecer primeiro à Renascença que faz História à duplicidade de Maçonaria
e Literatura nesta noite, “emprestando” à nossa Academia Maçônica de Letras do
Estado do Pará, os seguintes irmãos: Ricardo Albuquerque, nosso presidente, da
cadeira nº 26, patrono Dom Pedro I; Leonam Gondim da Cruz Júnior, da cadeira nº
30, de Tiradentes; Cristiano Oliveira da Silva, na cadeira 39, do Barão do Rio
Branco; Moysés Maurício Hamoy Júnior, da cadeira Nº 25, patrono: Gonçalves Ledo;
e Marcelo Holanda, da cadeira n º 31, de Justo Chermont.
São irmãos que têm em comum com as letras & o espírito das letras
o valoroso desafio da liberdade, pois sem ela, não estaríamos aqui reunidos –
afinal até o Grande Arquiteto é revolucionário ao libertar seu povo e conduzi-lo
à Terra Prometida – Deus sabe que sem liberdade nem culto há.
Ricardo Albuquerque lançou sua dissertação de mestrado, “Ecofilosofia:
Do Antropocentrismo ao Ecocentrismo” como livro em 1999, - prestem atenção a
esse número emblemático - tudo mudou para dígitos diferentes - os anos 2000 – 1
passa para 2, 9 para 0, novamente 9 para 0 e outro 9 que vira 0 – um recomeço?
Ano 2000.
É nesse sentido que eu quero alertar para esta publicação: ela vai
mudar sua concepção de mundo porque exatamente tudo mudou a ponto de a
importância ser dada à natureza, ficando o homem em segundo plano.
O autor divide o seu livro em três momentos significativos: o cósmico,
o existencial e o jurídico. Não vou comentar cada ponto e vou direto ao assunto
do livro: o da colisão entre tecnologia e natureza, resultando um novo
mundo.
Explico.
A questão evidenciada pelo autor é a rota de colisão da tecnologia com
a natureza cuja saída é justamente o retorno à harmonia de Gaia e Pachamama, a
volta à saúde real, por exemplo, da Ayahuasca, o vinho das almas, citado ao
final da obra, como uma chave, a contribuição da Amazônia, dentre outras, a
dilatar nossa consciência, nossa sincronia, psicologia e espiritualidade, a
tríade indissolúvel de nosso verdadeiro futuro.
Assim, o autor encontra na Profecia Celestina uma resposta, no famoso
romance de James Redfield, um misto de aventura e misticismo, a apontar nove
passos à evolução espiritual, um livro publicado em 1993 nos EUA, e traduzido
no Brasil em 1994, e bem lembrado pelo autor da dissertação ao ponto nevrálgico
da questão:
"Dentro de uma perspectiva para o próximo milênio, tem-se que a
raça humana vai mudar em consciência de uma evolução consciente, reduzindo
voluntariamente nossa população a um ponto sustentável para a Terra".
Sejamos francos: - que Lei vai reger essa redução voluntária de nossa
população a um ponto sustentável?
Que filosofia?
Que religião?
Que tecnologia?
Que ciência?
Que política?
Bem. Apenas, recomendo o livro do professor, procurador de
Justiça, e filósofo, Ricardo Albuquerque.
Por sua vez, nosso irmão Leonam Gondim Da Cruz Júnior escreve para o
público mais exigente: o infantojuvenil – tente ler um livro para o seu filho e
veja como as crianças pedem para você não pular aquela parte que você esqueceu?
Sim, contar é um excepcional exercício de memória – principalmente quando você,
pai, contador de histórias, já leu essa história e esqueceu.
"A criança é a fase mais pura do ser humano" é a ilustre
tese que permeia a obra infantojuvenil de Leonam Cruz, tudo por um mundo que
"deveria ser de acordo com os olhos de uma criança", alerta o
escritor.
Pelo menos em três de seus livros, Luce e o Passarinho, O Grilo Zinho
e O Nome do Bem-Te-Vi, a situação é de que as histórias para crianças acontecem
realmente bem pertinho da gente, e por que não com a gente mesmo?
Marcelo Holanda tem seus livros no ramo do Direito, mas não vou falar
de leis e suas implicâncias com a ordem e a desordem – vou deixar o irmão se
manifestar sobre uma pergunta que lhe fiz: qual foi sua experiência marcante na
Renascença nº 3? E ele prontamente de me respondeu pelo Whatsapp: “mano, a
minha experiência mais marcante na Renascença n 3 foi no dia que lá eu vi a Luz,
quando me desvelaram os olhos e ainda com a vista embaçada olhei aquele templo
imponente, minhas pernas começaram a tremer e a partir daquele dia eu senti a
presença do GADU naquele templo, naquela loja e em todas a sessões que eu lá participei,
tive a honra de ser VM e sentar no trono de Salomão, e lá conduzir os trabalhos
daquela augusta e respeitável loja, benemérita da Ordem, mas sem dúvida
nenhuma, quando a gente se enfileira para adentrar naquele templo maravilhoso,
não há que não sinta essa energia”.
E como falar de Moysés Maurício Hamoy Júnior? Um irmão que dispensa currículo, basta lembrar
as palavras: honra, objetividade, cooperação, vitalidade, e amor fraternal, amor
filial, amor paternal, exemplo de irmão dedicado à família. Bem, eu deixo sua
filha falar: “Meu pai é aquele que tem o maior amor do mundo, é direto em
palavras e mais ainda em atitudes, único par de danças e faz de tudo por quem
ele ama.
Ele tem a mente preocupada com o futuro, mas que se recusa a aceitar
pouco ou pensar apenas no presente.
Sempre me disse: Vá e faça e eu sabia que ele estaria ali para me
apoiar em tudo, até nas nossas eventuais quedas.
A sorte percorre aqueles que o tem como amigo e mais ainda os que o
tem como irmão amado, mais sorte tenho eu, meu irmão e minha mãe que temos
espaço de boa parte desse coração grande que ele tem.” (Beatriz Hamoy).
E o Cristiano que já chegou chegando: premiado na Antologia Memórias
de Minha Iniciação sem ainda fazer parte da Academia Maçônica de Letras do Estado
do Pará, com uma bela crônica a registrar o início também de uma amizade, desde
o momento de sua Iniciação, com o professor e Dr. Édson Júnior Silva da Cruz,
afinal a amizade é, como diz o cronista
premiado Cristiano Oliveira da Silva, “ [...] é o verdadeiro testemunho do
pacto de FRATERNIDADE que é sacralizado desde épocas imemoriais em nossas
cerimônias de iniciação na Maçonaria Universal, sendo portanto esta a minha
mais preciosa lembrança do dia em que passei por esta cerimônia”.
Irmãos, deixo os irmãos-escritores desta distinta loja falarem por
mim. Aqui há uma verdadeira oficina, uma loja, palavra do sagrado sânscrito – “loudge”
- “mundo” em português – e que belo mundo é esse! De homens verdadeiramente
livres e de bons costumes com as letras & o espírito das letras.
Benilton L Cruz – Secretário da Academia Maçônica de Letras do Estado
do Pará (AMALEP), cadeira nº 11, patrono Mário de Andrade.
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