A Estranha Raiva de Escrever é um texto que explica o embate entre a satisfação e o incômodo do ato de compor palavras sobre uma pauta que não é musical e na maioria das vezes nada melódico.
Compor é um ato solitário entre tu mesmo e o teu próprio espírito. Falo a uma segunda pessoa porque é o destino da poesia lírica.
E quando entra outra pessoa na tua vida, tu te tornas estranho a ti mesmo e para ela.
A mesma coisa acontece com a poesia.
Ela não é o teu eu, e sim um canal, um caminho, uma sonda de ti mesmo.
Viver a dois é duplicar o que há em cada um.
E aqui que entra a minha raiva.
E escrever é uma forma de apagar.
Quem escreve é a borracha, e mais digitalmente falando, e o cursor, revendo e refazendo o ziguezaguear da linha.
Escrever é para o espírito, para a ideia, para o pensamento, para o corpo, para a leitura das coisas e inclusive de livros.
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