Para todos aqueles que saíram para velejar
Já que saí para velejar, o que escrevo são coisas encontradas depois da procela. Juntar os cacos, reparar a quilha, reabrir as escotilhas, içar velas e apostar na ventania.
Já que saí para velejar, há tantas estrelas quanto há de mar. O céu se abriu sobre um caminho de águas. Tenho mil braços e seiscentos remos, sobram-me quatrocentos. O tempo vem do futuro; o passado de nada serve. Navegar é preciso porque viver é mais do que a vida.
Boa Sorte é a nome da minha nau.
Para o mar-viajante não existe nenhum porto e o comando é a ordem em uma palavra.
A alma não é pacífica; o sonho é atlântico.
Adiante que não corro atrás do vento, mas em sua frente.
(No meio do teu coração há um rio - Benilton Cruz)
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