- Morei perto da casa do prof. Benedito Nunes, em Belém do Pará, e às vezes, travávamos umas conversas - quando ele costumava caminhar de manhã, bem cedo, com uma cachorrinha que ele salvou de um atropelamento (e foi capa até do Jornal do Brasil) e eu voltava da natação, ali da Escola Superior de Educação Física do Pará.
- Uma vez levei de presente para ele o poema "Romance", do Mário Faustino, escrito com a minha caligrafiia sobre um papel branco com a imagem de uma cruz (com uma proteção contra a chuva), uma colagem em preto e branco, com respingos de tinta do expressivo nanquim.
- A moldura era de vidro. E ele me disse que colocou bem à frente, em sua escrivaninha, o que foi uma surpresa e uma honra para mim.
- E passados os dias, fui lá em sua residência - para, simplesmente conversar sobre poesia, coisa que gostava de fazer quando soube que eu era poeta - e para a minha surpresa, estava lá o presente, sobre a meseta de escrever.
- A amizade é um bom tema em qualquer circunstância, lembrem de Hamlet e Horácio, de Quixote e Sancho, dentre tantas na vida e na literatura. Há sempre a partilha da justiça, de humanidade, de sonhos.
- A amizade deixa rastros na eternidade.
(Na foto, Benedito Nunes e o poeta Mário Faistino)
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