05 de Maio
- Ela está em todo mundo, graças ao mercantil império lusitano que se recusou a ser feudal, e aqui, na Amazônia tocantina, a nossa língua portuguesa é falada ainda com os resquícios da era dos navegadores.
- O império português durou mais de sete séculos, impossível não deixar marcas de um língua de prestígio como foi o luso idioma no longo século 16.
- Em Abaetetuba, no Pará, e suas ilhas e rios, escondidos das influências de outras fontes como a da imprensa e mais modismos, podemos ainda sentir o sotaque de outrora.
- Mas para isso, vou lembrar de um autor importante à língua moderna dos lusos navegadores. Ao ler "as crônicas do guarda-mor da Torre do Tombo", Fernão Lopes, percebemos o linguajar baseado na prosa erudita e no jeito pitoresco do povo de Lisboa, essa dualidade marcante realçou a expressão de como muita gente fala no Pará ribeirinho.
- Com Fernão Lopes que infuenciou Camões, surgia, estão, o praticamente o português moderno - as Crónicas de D. João I, escritas em torno de 1450 e impressa em Lisboa em 1644, constituíam o amálgama moderno do nosso idioma.
- O famoso cronista era tabelião, acostumado a falar em voz alta, cuja “linguagem é livre”, como a do povo, sua pronúncia que ainda se faz ouvir no norte do Brasil, na região litoral paraense, entre pescadores, carpinteiros, calafates, mestres de carpintaria, artesãos, pescadores, comerciantes, regatões, canoeiros, como se viessem diretamente de suas crônicas: “afeiçom”, “nom”, “disserom”, “simprez”, “rrazom”, “senom”, “entom” ou “estonçe” ou “estomce” ou “emtom”, “coraçom" - dentre outras.
- É a língua elástica, geminada com o galego - língua irmã!
- Dai falarmos "taverna" e "taberna", dentre outras variações para o mesmo significado.
- Mais, no meu livro Espólios Para Uma Poética
Benilton L Cruz - Prof. da UFPa.
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