OS PENSAMENTOS SÃO LIVRES
1. Os pensamentos são livres,
quem pode adivinhá-los
eles fogem passando
como sombras noturnas.
Nenhum homem pode sabê-los,
nenhum caçador alvejá-los,
Eles assim permanecem:
pensamentos são livres.
2. Eu penso no que eu quero,
e no que me faz feliz,
mas tudo no entanto,
é como emana
Meu desejo e o desejo
ninguém pode negar,
Eles assim permanecem:
pensamentos são livres.
3. Eu amo o vinho,
E acima de tudo
A minha menina
Não me faz sozinho
Com o meu copo de vinho,
E ela agora aqui comigo:
pensamentos são livres.
4. E se eles me bloqueiam
No calabouço escuro,
todos estes são puramente
obras fúteis;
Porque os meus pensamentos
Quebram as barreiras
As paredes ao meio:
Pensamentos são livres.
5. Então, eu renuncio
Aos pesados cuidados
Sem problemas lamentar.
Meu coração está
sempre rindo e brincando
Assim pensando:
pensamentos são livres.
Tradução: Benilton Cruz.
Do original Die Gedanken sind frei, de 1780.
Friedrich von Schiller (Marbach am Neckar, 10 de novembro de 1759 — Weimar, 9 de maio de 1805), poeta, filósofo, médico e historiador alemão, um dos grandes homens de letras da Alemanha do século XVIII. Sua amizade com Goethe rendeu uma longa troca de cartas que se tornou famosa na literatura alemã.
Na literatura brasileira, ele influenciou o paulistano Mário de Andrade, na construção da personagem Else, a Fräulein (senhorita), no romance Amar, verbo intransitivo, de 1927, cujo princípio basilar, como preceptora, era o de formar humanidade a partir da arte, concepção esta do pensamento estético de Schiller.
"Os fracos estão ligados aos poderosos"
“A arte é a mão direita da natureza. A última só nos deu o ser, mas a primeira tornou-nos homens.”
Friedrich von Schiller
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