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Mostrando postagens de abril, 2018

IRMÃOS DA LONGA JORNADA

Irmão lobo branco, professor do Ártico; irmão caracal, felino africano de atentas orelhas; irmão pequeno urso, urso das abelhas; Irmã jaguatirica, pequena onça-jaguar da Amazônia; irmão elefante, da leveza e com a flor de lótus; Irmão cavalo vermelho, decifrador dos sonhos; irmã lebre cinzenta, da fertilidade; irmão pelicano, com os filhos alimentados com o peito; irmão rinoceronte, da certeira direção; irmão cisne, nobre cavaleiro da flor das águas; Irmã tartaruga marinha, o monge dos mares. Irmão gato, protetor dos lares; Irmãos pássaros, pequenos e ligeiros irmãos; Irmão cão, parceiro da caça e do caminhar; irmã naja - a serpente eterna - cósmica e terrena! Irmãos e irmãs - visíveis e invisíveis - obrigado pela companhia na minha longa e nem sempre solitária estrada!

EU SOU POBRE E NU

"Eu sou pobre e nu, mas eu sou o chefe da nação. Nós não queremos riquezas, mas fazemos de tudo para conduzir nossos filhos ao caminho da certeza. As riquezas não seriam boas, pois não temos como levá-las para o outro mundo. Nós não queremos riquezas. Nós queremos paz e amor. "- Chefe Nuvem Vermelha "Antes de nossos irmãos brancos chegarem, não tínhamos nenhum tipo de prisão, e por causa disso não tivemos delinquentes. Sem prisão, não há delinquentes. Não tínhamos trancas nem chaves e não havia ladrões. Quando alguém era tão pobre que não podia ter um cavalo, uma barraca ou um cobertor, ele recebia tudo como presente. Nós éramos muito incivilizados para dar grande importância à propriedade particular"

O CARACAL

DO TURCO "KARAKULAK" (ORELHAS NEGRAS) É TODO ATENÇÃO: OS OLHOS, OS OUVIDOS, O FARO. ELE É SUAVE E SEUS PELOS SÃO DA COR DE CANELA AS GARRAS VOAM NO AR (PODEM RATOS E LEBRES NO MATO PEGAR, E MAIS DE 12 TIPOS DE AVES A VOAR) SALVE, CARACAL, MEU IRMÃO, CAÇADOR, ATENTO E BRINCALHÃO. 20.04.2018 Benilton Cruz

MINHA QUERIDA MÃE OLIVIA,

meu coração hoje se feriu da dor que é perder uma parte da sabedoria peruana, amorosamente amazônica, universalmente materna, infinitamente divina. Hoje descobri como estou longe de sua indefesa liderança, de sua luminosa maternidade, de sua amorosa humildade, de seus cantos de cura e de luz. Hoje descobri o quanto que estou longe de seu infinito amor, o quanto que nada pude fazer, o quanto que nada sou diante de seu peito de mãe shipiba, de mãe Icamiaba, solitária e guerreira. Hoje estou também ferido do aço da ganância, - ferido do obstinado egoísmo de quem lhe tirou a vida. Hoje também morri um pouco. E Hoje, só hoje, queria por um minuto no seu colo de grato acolhimento deitar e dormir. E só hoje sonhar com sua imensa sabedoria.  Seu filho, Benilton Cruz,  Belém, Pará, Brasil.

EU SOU SHIVA

Eu não sou a mente, intelecto, ego nem memória. Eu não sou ouvidos, língua, nariz ou olhos. Eu não sou os cinco elementos: éter, terra, fogo, vento ou água. Eu sou felicidade eterna, eu sou Shiva, Eu sou consciência. Eu não sou prana, nem os cinco ares vitais, nem os sete materiais, nem as cinco bainhas do corpo. Eu não sou o órgão da fala, nem a mão, nem perna nem os órgãos de procriação ou eliminação. Eu sou felicidade eterna, eu sou Shiva, Eu sou consciência. Eu não tenho inveja, raiva, nem desejo nem atração. Eu não tenho arrogância nem orgulho nem religião, nem luxúria nem desejo de riqueza ou libertação. Eu sou felicidade eterna, eu sou Shiva, Eu sou consciência. Eu não tenho nem virtude, nem vício, nem prazer nem tristeza. Eu não preciso de mantra nem de peregrinações escrituras, rituais ou sacrifícios. Eu não sou nem comida, nem quem consome ou o que é consumido. Eu sou felicidade eterna, eu sou Shiva, Eu sou consciência. Eu não temo a morte, nem duv...

O REI SAPO

Há algum tempo atrás, quando tudo já era como é hoje, vivia debaixo d’água um rei sapo que tinha sete filhos. Todos eram muito bonitos e bastante verdes, porém o menor deles era o mais verde, tão verde que ninguém ainda conseguiu ver coisa mais verde ou esverdeada sobre a terra. Esse filho tinha, então, uma bola dourada, feita com ouro do sol, com a qual ele brincava todo dia, e nada mais do que isso era o seu fazer. Esse era o seu brinquedo favorito. Ele embaixo d’água jogava a bola para cima, nadava atrás dela, agarrava-a e trazia a bola para o fundo. Jogava-a de novo para o alto e a segurava. Ele não fazia outra coisa senão isso e assim ele foi se havendo com tal habilidade nessa brincadeira que ele deixava subir a bola dourada cada vez mais alto para conseguir apanhá-la mais adiante quando o espaço entre a superfície da água e a bola era só de um décimo de milímetro. Pois, se a bola fosse jogada fora da água, ela assim vagaria no ar. É claro. Perder-se-ia para sempre....

PONTO DE OGUM

Ogum quem me livrou Ogum quem me guardou Dos males deste mundo Ogum quem me salvou (bis) Ogum, Ogum É o grande senhor Das demandas desta vida Ogum é o grande senhor Ogum quem me guardou Ogum quem me livrou Dos males deste mundo Ogum quem me salvou (bis) Ogum Ogum Das demandas é o senhor E seus filhos não deixa cair Se Ogum pode dar Só Ogum pode tirar Ogum quem me livrou Ogum quem me guardou Dos males deste mundo Ogum quem me salvou (bis) Ogum um um um Ogum um um um Benilton Cruz 13.04.18

O CENTENÁRIO DA REVISTA ORPHEU

" E Onde está o Modernismo nas páginas de Orpheu? A resposta é que não há certidão de nascimento do moderno sem se passar pelo crivo da consciência da negatividade. O moderno, no caso, é o que é desconhecido pelos antigos: a força e a energia, propostas justamente reclamadas pelo Futurismo. Entram em cena, portanto, resquícios futuristas na nova estética e saem, dentre outras coisas, a beleza e a harmonia, as duas vertentes imprescindíveis dos clássicos. O motor propulsor do Modernismo da Orpheu está na “Ode Triunfal”, escrito em Londres, em 1914, justamente o último poema da revista.  " O CENTENÁRIO DA REVISTA ORPHEU Benilton Cruz Artigo publicado na Gazeta de Alagoas em 02.05.2015 A revista Orpheu surgiu praticamente em Copacabana, como se diz, pois o primeiro número, delegado ao jovem português Luiz de Montalvôr, era recém-chegado do Brasil, país de outro então “diretor” do periódico, o carioca Ronald de Carvalho, cujo nome e endereço aparecem na folha de rosto ...