Meu nome é Satao, 45 anos até a última sexta-feira. Posso dizer que não sabia que corria perigo, pois vivia em liberdade, monitorado 24 horas e rodeado de admiradores que de toda parte do mundo vinham ver o meu marfim que tocava o chão. Diziam que eu era um dos mais belos animais da Terra. Eu não sei o que quer dizer animal, sei apenas viver solto, - às vezes só - , me comportava como criança diante da Mãe Terra, às vezes em bando, eu liderava meu pequeno grupo, e carregava comigo toda a memória dos meus ancestrais.
Homens vieram à noite, com espingardas automáticas, e deram-me vários tiros com setas envenenadas e levaram o meu rosto, não sei pra quê, mas ouvir dizer que agora ficarei exposto em alguma suntuosa sala nos Estados Unidos, China (o maior mercado), ou em outras nações asiáticas, como a Tailândia, Filipinas e Vietnã. Fui mais um na cruel estatística dos 30.000 elefantes africanos mortos nos últimos anos.
Eu não sabia que as minhas presas podiam ser vendidas por milhares de dólares. Na minha agonia, percebi a tristeza daqueles que me protegiam.
Eles nada puderam fazer.
Desculpa por te fazer chorar.
16.06.2014
Essa é a minha homenagem ao maravilhoso Satao
Assina
Benilton Cruz


Satao, ainda jovem
e abaixo, covardemente assassinado


Homens vieram à noite, com espingardas automáticas, e deram-me vários tiros com setas envenenadas e levaram o meu rosto, não sei pra quê, mas ouvir dizer que agora ficarei exposto em alguma suntuosa sala nos Estados Unidos, China (o maior mercado), ou em outras nações asiáticas, como a Tailândia, Filipinas e Vietnã. Fui mais um na cruel estatística dos 30.000 elefantes africanos mortos nos últimos anos.
Eu não sabia que as minhas presas podiam ser vendidas por milhares de dólares. Na minha agonia, percebi a tristeza daqueles que me protegiam.
Eles nada puderam fazer.
Desculpa por te fazer chorar.
16.06.2014
Essa é a minha homenagem ao maravilhoso Satao
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Benilton Cruz

Satao, ainda jovem
e abaixo, covardemente assassinado


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