Um rio desceu dos sonhos de Deus e povoou de peixes a fartura das águas e espalhou o líquido elemento pela terra, a terra se mexeu, fertilizou-se de si mesma e firmou-se como o templo da alma, a acolhedora Mãe-Terra e, desde então, nunca mais ficou quieta.
Os peixes alimentaram os pássaros, e eles voaram às montanhas e dos seus ninhos vieram mais pássaros e outras luzes do frio mais alto e banharam com iluminada liquidez o ar, o elemento mensageiro, elemento mental da mesma fluidez da luz e da água, a rapidez da mente fecundou o ar, o ar virou o intérprete da Vida, e desde então, o ar nunca mais ficou quieto.
Do movimento da luz e do ar fecundou-se de inquietude a própria luz, a terra, o ar e a água e criou o raio, e dessa rapidez fez-se o fogo que no ar viaja. O fogo espantou a sombra, e acendeu o espírito de liderança: e desde então o fogo nunca mais foi quieto.
E de volta à terra, com luz, ar e água, brotou a vontade de ordenar o cosmo humano ao mesmo e único universo, extensão da divina concepção de expandir e criar em sua espiritual e ao mesmo tempo intensa leveza.
- E, assim, a terra, o ar, o fogo e água nunca mais foram calmos e irmanaram-se - deveras - como os quatro elementos que criam da criação o Amor através da inquieta, humana e divina natureza.
Benilton Cruz
https://novoblogblc1.blogspot.com.br/2017/12/um-rio-desceu-dos-meus-sonhos.html
23.12.17
Abaixo, foto da cordilheira dos Andes, a que alimentou a incrível biodiversidade amazônica

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