Rugidos, o vento! espuma do mar!
-Meu coração ruge mais;
Raios, tempestade!
Acima porém a coragem.
Raios, tempestade!
Acima porém a coragem.
O vento me joga ao perigo
Como força do raio de sol,
A bater na face da suave dor
- a fria e funda morte.
Bem-aventurado o homem
Que à verdade sem medo diz:
Tu, o perigo, é a minha noiva,
Lealdade, a minha prometida!
Que à verdade sem medo diz:
Tu, o perigo, é a minha noiva,
Lealdade, a minha prometida!
O Bem-aventurado o homem
Que à verdade sem medo diz:
Coragem, tu és meu sol,
Coragem, meu vinho!
Que à verdade sem medo diz:
Coragem, tu és meu sol,
Coragem, meu vinho!
A luz se mantém no sol,
Jovem, a seiva da videira:
Ela não trava a coragem,
Nem pálido deixa o heroico sangue.
Jovem, a seiva da videira:
Ela não trava a coragem,
Nem pálido deixa o heroico sangue.
Corre o mundo para o fracasso?
Impede a coragem em sua própria força;
Sim, até mesmo o céu pode cair,
Quando a coragem entre os deuses está.
Impede a coragem em sua própria força;
Sim, até mesmo o céu pode cair,
Quando a coragem entre os deuses está.
(Ernst Moritz Arndt, 1811.
Tradução: Benilton Cruz)
O poeta Ernst Moritz Arndt ficou conhecido principalmente pela sua poesia a clamar pela mobilização popular contra a ocupação da Alemanha por Napoleão Bonaparte.
Dedico esta tradução àqueles que querem avançar (em alemão: wir ziehen voran) e não retroceder em tempos de censura e perseguição.

ROCHAS BRANCAS, tela de Caspar David Friedrich
pintor do Romantismo Alemão
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