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CANÇÃO DE OBALUAÊ

Hoje, estou coberto com as palhas de Obaluaê Senhor do perdão, ancião da cura, mestre do tempo E dos ciclos do viver. Suas chagas foram curadas pelas águas salgadas do mar de Iemanjá (A grande mãe nos ensina a verdade do que é amar) Venha Obaluaê, venha nos curar Venha devagar, devagar devagar Suas pernas cansadas Da Ancianidade sagrada podem demorar! Mas, sua cura não vai falhar Venha Obaluaê, venha nos curar, Venha devagar, devagar, Devagar Venha e nos traga a esperança Venha e nos traga a lembrança Da África-Mãe, sua dor, sua luta Sua Pujança! (Suas palhas são os raios do sol são os raios do sol que vão te curar) 09.03.2019 Benilton Cruz

CANÇÃO DE OXALÁ

Eu trago a mensagem de Oxalá Eu canto a mensagem de Oxalá Eu entrego a mensagem de Oxalá Eu deixo a mensagem de Oxalá A paz, o amor, é de Oxalá! O mundo é de Oxalá! Eu vivo a mensagem de Oxalá Eu canto a mensagem de Oxalá O pai maior é Oxalá O mundo, o homem é Oxalá A criação é Oxalá Ele diz que o amor é o bem maior! Ele diz que a paz é o bem maior! Ele vem de branco iluminar! Ele vem com seu cetro abençoar! Eu canto a mensagem de Oxalá! Eu espalho a mensagem de Oxalá! E é simples, meus irmãos, é Epa, Babá! E é humilde, minhas irmãs, é Epa, Babá! Ele diz que o amor é o bem maior! Ele diz que a paz é o bem maior! 24.03.2019 Benilton Cruz

LEVO MINHA CASA ÀS COSTAS (Canção da Tartaruga Marinha)

Levo minha casa às costas E me sinto bem na terra e no mar Entre plantas, rochedos, gente, peixes, animais Ou seja, em qualquer lugar. No fundo, nas águas frias e escuras, sei meditar - Sou o monge do mar! Sábia, porque ensino a esperar, Zelosa porque a longevidade É o meu objetivo a alcançar. Não abandono as minhas crias na areia, como muitos dizem, Ali é o melhor lugar sob o sol Para meus ovos chocar E todos cedo aprenderem Dos predadores fugirem E atrás de mim como um sonar Seguirem. Não tenho pressa, tudo tem seu tempo e seu lugar Não agrido, mordo só para comer, No oceano de sal, sou um animal pacífico (pacífico animal, poderia repetir) E revelo a persistência, o entendimento  e a sabedoria ancestral. E para respirar? Não tenho guelras, tenho pulmões E também filtro oxigênio da água em minha popa, Guardo o ar por até uma hora no meu mergulhar. Minhas patas, na água ou no chão, São remos para me alavancar Eu nado e é como se fosse voar. - Filho, não tenha press...

MOÇOS & POETAS: ANTONIO TAVERNARD, PAULO PLÍNIO ABREU, MÁRIO FAUSTINO E MAX MARTINS

                    Antônio Tavernard: o mais moço dos poetas. Cronologia 1908: nasceu no dia 10 de outubro, no mês do Círio de Nazaré e por isso será batizado com o nome de Antônio de Nazareth Frazão Tavernard, filho de Othílio Tavernard e Marieta Frazão Tavernard, na outrora Vila Pinheiro, atual Icoaraci, distrito de Belém, 1915: inicia o curso primário no Externato Santa Mônica, pertencente à professora Clarisse Proença, sendo aluno do professor João Pereira de Castro. 1917: obtém o segundo lugar no Concurso de Contos Nacionais da Revista Primeira, da qual se torna colaborador. 1919: ingressa no ginásio Paes de Carvalho, onde, além de participar de vários torneios esportivos, colabora com o jornalzinho escolar, o C. P.C. 1926: ingressa na Faculdade Livre de Direito do Pará, em 24 de março. Não consegue concluir o primeiro ano, vitimado pelo Mal de Hansen, seu tormento...