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PERGUNTAS DO MAHABAHRATA

 - O que é mais rápido que o vento? - O pensamento. - Quem pode envolver a Terra? - A escuridão. - Quem é mais humano? Os vivos ou os mortos? - Os vivos, pois os mortos não existem mais! - Dê-me um exemplo de espaço. - Minhas duas mãos são uma. - Um exemplo de dor? - A ignorância. - De um veneno? - O desejo. - Um exemplo de fracasso? - A vitória. - Quem veio primeiro, a noite ou o dia? - O dia, mas apenas um dia antes. - Qual a origem do mundo? - O Amor. - Qual é o seu adversário? - Eu mesmo. - Qual a sua loucura? - O remorso. - E uma revolta, por que os homens se revoltam? - Para encontrar a beleza, na vida ou na morte! - E o que para cada um de nós é uma coisa inevitável? - A felicidade. - E qual é o grande milagre? - Todos os dias a morte ataca. E viveremos, pois somos eternamente. Este é o grande milagre. (Trecho do Mahabahrata, o grande épico indiano, com mais de 74 mil versos, considerado a maior obra já escrita por mãos humanas, atribuída a Krishna Dvapayana Vyasa) O filme t...

Pérola de Antonio Landi

Quem chega de barco do sul do Pará, em especial do Baixo Tocantins, logo se depara com a cúpula dessa igreja, uma visão lateral, subindo o rio que chora, o Guamá.  É a pérola do arquiteto bolonhês, Antonio Landi, que ficou no Brasil por 38 anos e desenhou belíssimas igrejas e outros conjuntos arquitetônicos famosos. A discreta Igreja do Carmo, na verdade planejada no século 17 a muitas mãos, e acrescentada do talento do famoso arquiteto italiano, no século 18, surgia ao final da rua Siqueira Mendes, como era chamada então a Rua do Norte, a primeira de Belém. De fato, os nomes mudam, a religião fica! E o bairro era simplesmente Cidade, hoje, "Cidade Velha". O historiador Ernesto Cruz diz que foi a primeira igreja da Amazônia, no sentido de obra arquitetônica acabada, tão antiga que a ordem religiosa que a construiu não existe mais, extinta em 1891. É uma obra luso-ítalo-amazônica. E brasileira. Sua fachada de pedra, de Lisboa toda trazida em partes para ser em Belém montada! D...

NO REINO DA ENCANTARIA

A história que eu vou contar para vocês vem do município do Acará, cidade do norte brasileiro, pertencente à microrregião de Tomé-Açu, distante 121 Km da capital do estado, com um tempo estimado de duas horas e trinta minutos pela Alça Viária. A cidade também se chama São José do Acará, e por conta disso, encontramos a discreta igreja de São José no "coração" da cidade, na praça central, onde se observa a parte elevada de Acará, aliás, o município tem um relevo assim, de "ladeiras" como dizem os acaraenses, em torno de 55 mil que vivem, a maior parte, na zona rural.    E essa é uma característica de Acará: a população se concentra na zona rural, no trabalho do agronegócio, na produção de farinha, e outras atividades do campo. Depois da aula sobre a Etnopoesia, do curso de Letras à turma de 2021, quatorze alunos apenas, na Escola Shalon, antiga Nossa Senhora de Nazaré, perguntei-lhes se conheciam alguém que contasse histórias de encantarias, soubesse de cantorias, hi...